quinta-feira, 22 de maio de 2014




 


 Há um conto Taoísta sobre um velho fazendeiro que trabalhou em seu campo por muitos anos. Um dia seu cavalo fugiu. Ao saber da notícia, seus vizinhos vieram visitá-lo.
"Que má sorte!" eles disseram solidariamente.
"Talvez," o fazendeiro calmamente replicou. Na manhã seguinte o cavalo retornou, trazendo com ele três outros cavalos selvagens.
"Que maravilhoso!" os vizinhos exclamaram.
"Talvez," replicou o velho homem. No dia seguinte, seu filho tentou domar um dos cavalos, foi derrubado e quebrou a perna. Os vizinhos novamente vieram para oferecer sua simpatia pela má fortuna.
"Que pena," disseram.
"Talvez," respondeu o fazendeiro. No próximo dia, oficiais militares vieram à vila para convocar todos os jovens ao serviço obrigatório no exército, que iria entrar em guerra. Vendo que o filho do velho homem estava com a perna quebrada, eles o dispensaram.
Os vizinhos congratularam o fazendeiro pela forma com que as coisas tinham se virado a seu favor.
O velho olhou-os, e com um leve sorriso disse suavemente:
"Talvez." 

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segunda-feira, 19 de maio de 2014



Reunião dos líderes das Sanghas Daissen-Ji



No último sesshin organizado pela Comunidade Daissen-Ji (30 de abril a 4 de maio) estiveram presentes 26 pessoas de diversos estados brasileiros. O local escolhido foi a Casa de Retiro, Morro das Pedras, localizado em Florianópolis. Foram cinco dias de meditação e aprofundamento da prática, além de palestras com o Monge Genshô, caminhadas, e o uso do oryoki para as refeições. 

O orientador e professor das sanghas é o Monge Genshô que aproveitou o último dia do sesshin para realizar uma reunião entre os lideres de sangha. 

Líderes das sanghas de Florianópolis, Maringá, Palmas, Concórdia, Guaratinguetá, Porto Alegre, Sul da Ilha e Joinville. 

Durante a reunião, cada um pode compartilhar suas experiências frente aos grupos que vem liderando. Foram momentos importantes de troca de informações, conhecimento sobre as atividades dos grupos e aconselhamento com o Monge. Além disso, foram discutidos os planos para os próximos eventos e atividades que serão realizadas por toda a comunidade. 

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domingo, 18 de maio de 2014

A ciencia da compaixao. 
Vídeo interessante sobre os benefícios da meditação


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Atividades das sanghas Daissen-Ji

No próximo final de semana ocorrem dois eventos organizados pelas sanghas Daissen-Ji, em Concórdia no interior do Estado de Santa Catarina e em Goiânia. 

Concórdia - SC

A sangha de Concórdia está organizando um retiro de meditação nos dias 24 e 25 de maio, no Espaço Xamânico.


Goiânia - GO

A sangha de Goiânia está organizando um final de semana com budismo. A programação começa na sexta-feira, dia 23 de maio, com a palestra do nosso orientador, Monge Genshô. No sábado, dia 24 de maio, ocorrerá um zazenkai (retiro de um dia). As atividades seguem no domingo, dia 26 de maio, com uma meditação ao ar livro no Parque Flamboyant.



Se você está em algum desses lugares e deseja conhecer mais sobre o budismo, compareça a uma dessas atividades.

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sábado, 17 de maio de 2014

Prática aos domingos



Nós da sangha de Joinville nos reunimos todos os domingos para meditar, realizar uma cerimônia e ler um texto de reflexão. São momentos de introspecção quando estamos todos juntos unidos pelo silêncio. 

Se vc tem interesse na prática, venha meditar conosco. Nos reunimos todos os domingos das 10hrs ao 12hrs, na Rua Lages 375, sala 3, em frente ao estacionamento do Habib´s.

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sexta-feira, 16 de maio de 2014

Tudo o que temos


Palestra de Doshô Saikawa Roshi
Tradução simultânea de Monge Genshô


           Dosho Saikawa Roshi inicia a palestra recitando um sutra em japonês.Monge Genshô traduz: O Sutra que ele recitou agora é: “ O Dharma incomparavelmente profundo e de uma sutileza infinitas é raramente encontrado mesmo em milhões de milhões de ciclos universais, possamos nós agora ouvi-lo, aprendê-lo, guardá-lo.Ouçamos cuidadosamente as palavras do Tathágata.” 
Dosho Saikawa Roshi: Quando dizemos o Buddha, o Dharma e a Sangha, estes três tesouros, isso parece na nossa mente alguma coisa distante, um lugar muito alto.Mas isto é realmente aqui e agora. Não é um lugar distante porque tudo o que nós temos é apenas este momento.Este momento nunca vai voltar novamente nesta eternidade deste inteiro universo.Cada momento é apenas um momento. Não pode ser comparado com qualquer outro momento.Os seres humanos tem tido muito progresso, muito. Assim nós temos uma maneira de comparar com ontem, com o ano passado, assim nós podemos pensar sobre o passado, pensar sobre o futuro e comparar um com o outro e assim esta nossa cultura de progresso, este progresso que vem aqui e agora. Então a atividade mental é muito boa também para os seres humanos e por causa disso nós esquecemos que tudo o que nós temos é este aqui agora. Não pode ser comparado com nenhum outro momento.Assim este momento é o momento da mais alta iluminação.Por que este momento é iluminação? Porque a cada momento nós somos um com todo o universo. Quando eu disse durante o primeiro zazen: um espelho contém todo o universo a cada momento, é um em todo o universo a cada momento, sem nenhuma perda, sem nenhuma preferência, sejam um com todo o universo, sejam um com este inteiro universo, recebam sem apego e deixem ir sem apego.Mas se em nossas mentes nós temos apego, comparamos com as nossas memórias e com os nossos pensamentos acerca do futuro então ao mesmo tempo a nossa atividade mental é uma ferramenta útil, mas ao mesmo tempo cria doença. É fácil de entender que os nossos olhos são espelhos sem identidade própria, sem preferência, sem apego; a mesma coisa com os ouvidos que são espelhos para sons, sem identidade, sem apego, sem preferência.Apenas sejam um com todo o universo. Nosso nariz é um espelho para os cheiros, sem identidade, sem apego, sem preferências e a língua é o espelho para os gostos. Sejam um com todo o universo, sem apego, sem preferências.Nosso corpo e nossa pele também são espelhos. Recebam o frio e o calor, sem apego, sem preferência. Mas parece que a nossa mente tem um self, uma identidade, porque a mente tem apego. Na nossa mente nós temos uma lua imaginária dentro de uma gota de orvalho. Quando a lua está no céu ela sempre está dentro da gota de orvalho, assim parece que a lua existe dentro de uma gota de orvalho, dentro da água, dentro do oceano. Assim realmente parece que a lua existe dentro da água. Assim a nossa mente cria ambas as duas coisas e a doença.

 No budismo nós temos muitos tipos diferentes de análises sobre o dharma. Os três selos do dharma: o primeiro é impermanência, todas as coisas estão mudando, momento a momento; segundo ensinamento é não há eu em cada dharma, em cada fenômeno; o terceiro é o nirvana, a tranqüilidade é agora, aqui. Estas análises não são metafísicas ou psicológicas, não é filosofia. Budismo está sempre falando acerca disso.Falando sobre Buddha, Dharma e Sangha e estamos falando sobre a nossa vida a cada momento. Buddha, Dharma e Sangha são vocês mesmos, sua identidade, seu self. Vocês não podem achar em outro lugar. A iluminação também não é em algum lugar fora daqui, as coisas estão exatamente aqui, agora. Porque quando vocês existem todo o universo existe. Quando o universo existe vocês existem.Mas a atividade mental pensa de forma diferente: o mundo existe antes de eu ter nascido e o mundo existirá depois da minha morte.Talvez seja verdade, mas o zen não está nas coisas da atividade mental. Nós estamos falando sobre essa existência real, agora. Quando ela existe o mundo existe. Quando o mundo existe, nós existimos, porque o espelho está sempre vazio, totalmente vazio, por causa disso todo o universo está dentro dele a qualquer momento, cem por cento, não mais, não menos.Se vocês realmente alcançarem este ponto, se vocês entenderem este ponto vocês compreenderam completamente ao mesmo tempo os três selos do Dharma: a impermanência, as coisas estão mudando momento a momento; nada tem self, nada tem identidade própria, existe por si mesmo e terceiro, o nirvana, a tranqüilidade é exatamente aqui agora.

 Nós temos a tendência de tentar resolver os problemas com a nossa atividade mental, nós andamos assim nas nossas vidas.Muitos dos problemas podem ser resolvidos dentro da sua atividade mental. Mas esta questão acerca da verdadeira identidade, do verdadeiro si mesmo, da nossa verdadeira natureza, da questão da vida e da morte, não pode ser dissolvida dentro da atividade mental, não pode ser resolvida na psicologia, não pode ser resolvida na ciência, nem na filosofia porque todas essas respostas, nesses métodos, vem do dualismo. Esta questão de vida e morte está além dessa atividade mental. Mesmo Shakyamuni Buddha levou seis anos para realmente encontrar o truque da mente, do self. Levou seis anos para alcançar o truque de todas essas coisas.Então este truque é uma boa ferramenta para resolver os problemas. Mas ao mesmo tempo este método cria a dor e a agonia. Mesmo que vocês encontrem respostas dentro da filosofia, da ciência, estarão gerando esse sofrimento porque tem estes dois lados, porque a resposta do dualismo é sempre tome este caminho ou aquele outro, então esta dualidade cria dor e agonia ao mesmo tempo. Então vocês têm que ir além deste truque da mente, então vocês serão totalmente satisfeitos, então vocês entenderão que este momento é o nirvana e a completa tranqüilidade.

 Um discípulo francês meu me disse: é fácil entender que as coisas estão mudando momento a momento, mas é muito difícil entender que não há identidade, que não há self, que o nirvana e a tranqüilidade estão aqui agora neste momento. Mas se vocês forem além das suas mentes poderão alcançar esta tranqüilidade. Vocês podem alcançar esta tranqüilidade pelo verdadeiro zazen. Se vocês tirarem o conceito da sua mente tal como bom ou ruim, ganho, perda, existência, não existência, se vocês tirarem ambos os lados de concepção, o que restará? Vão mais fundo e alcancem este ponto, além de todas as concepções.

Alguém tem alguma pergunta?

Pergunta: O que significa o verdadeiro zazen?

Resposta: Estou falando do shikantaza. Shikantaza significa que qualquer coisa que surge na sua mente você deixa ir sem se apegar a ela. As coisas quando surgem na vida diária você tenta guardar, ficar com elas na memória, mas não fazemos isto no shikantasa.Quando surgem coisas ruins na nossa mente, na vida diária, nós tentamos afastá-las, tentamos esquecer rápido. Em shikantaza também não fazemos isto. Quando vem deixamos vir, quando vai deixamos ir. Não fazemos contatos, não tocamos estas coisas. Nós deixamos passar. Se nós tentarmos guardar as coisas boas ou nos livrarmos das ruins, isto é dualidade, como este lado, aquele lado. Deixar ir e vir é ficar além desse dualismo. Você consegue fazer isto no zazen. Este estágio é iluminação. Se você acordar para isto você pode ir mais fundo.

Pergunta: Somos originados da vacuidade e para lá voltamos após a iluminação.Então por que o ciclo é necessário?

Resposta: Porque antes da iluminação você tem ilusão. Porque antes disso você sente dor e agonia, assim você cria o sofrimento.



Palestra ministrada para a Comunidade Zen Budista de Florianópolis e amigos, na abertura oficial da Sede da Comunidade, em Florianópolis no dia 03 de outubro de 2006.
Decupada da gravação e digitada por Jane Denkô.  

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Adquira o livro "O Pico da Montanha é onde estão os meus pés"


A sangha de Joinville está vendendo o livro "O Pico da Montanha é onde estão os meus pés". Adquirindo um exemplar, você estará contribuindo para a manutenção do local de prática e para as atividades da sangha.

Faça seu pedido pelo email - zenjoinville@gmail.com, ou pelo telefone (47) 9744 9838. 
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Descrição

Petrúcio Chalegre é um consultor de empresas renomado e conhece bem o mundo dos negócios, com suas paixões e ambições, competições e sofrimentos. Genshô, monge do budismo zen, há décadas tem trilhado o caminho do Buda e dirigido uma comunidade devotada à disciplina e à beleza dessa forma japonesa do budismo. Nesta obra, Genshô e Chalegre se juntam para contar a história de Ido, alguém que, como qualquer um de nós, está imerso no mundo, com suas alegrias e dificuldades, suas esperanças e decepções. Certo dia, porém, após acompanhar os últimos dias de alguém muito próximo, Ido começa a questionar a própria vida, suas perspectivas e valores, e em busca de respostas resolve se licenciar do trabalho e ir para um mosteiro em retiro.

Somos, então, convidados a entrar com ele no ambiente zen budista de tranquilidade e desafio, e a participar de seu novo dia a dia à medida que tenta mudar de vida. Nesse caminho teremos oportunidade de conhecer o cotidiano numa comunidade budista, desde o amanhecer até a hora de dormir. Ouviremos conselhos, frases sábias dos superiores do mosteiro e saberemos como Ido superará as dificuldades. Também retornaremos com ele para a cidade e o acompanharemos enquanto busca conciliar sua nova visão de mundo com aquele ambiente conflituoso que havia deixado para trás. Mais importante, poderemos viajar com Ido também para nosso próprio interior e dar os primeiros passos para a transcendência.

Sobre o autor

Monge Genshô iniciou no Dharma através de Igarashi Roshi, em 1973. Teve sua investidura leiga em 1992 com o nome de Meihô, sendo ordenado monge na forma limitada de ordenação particular em 2001. Em seguida, passou para a orientação de Moriyama Roshi, de quem foi professor assistente, até que este também voltou para o Japão, em 2005. Foi então ordenado oficialmente pelo Sookan (Superior Geral) da América do Sul, Dosho Saikawa Roshi, monge da So to Zen.

Em 2008, graduou-se Zagen na cerimônia de Hossenshiki (Combate do Dharma), tendo por Mestre o próprio Saikawa Roshi, o qual lhe deu a Transmissão em 2011, o que o torna um dos seus sucessores. Dirige a comunidade zen budista de Florianópolis, a qual tem grupos relacionados sob sua responsabilidade sanghas em onze cidades brasileiras. Na vida leiga atua como consultor de empresas de grande porte, dirigindo uma empresa de consultoria em gestão.

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Informações extraídas do site da Rima, Editora do livro.

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quinta-feira, 15 de maio de 2014

O Buddha Gigante


  
 
O Grande Buddha de Leshan é a maior estátua de Buddha do mundo, com 71 metros de altura. Situa-se em Sichuan, China. Foi declarado Patrimônio  Mundial da Unesco em 1996.



Com 71 metros de altura a estátua representa Buddha sentado com as mãos sobre os joelhos. A largura dos ombros é de 28 metros e a menor unha do pé, facilmente acomoda uma pessoa sentada. Ha um ditado popular local que diz: "A montanha é Buddha, e Buddha é a montanha". Acredita-se que a cadeia de montanhas na qual esta localizado a estátua, tem as formas de um Buddha em repouso, quando visto do rio, com o Grande Buddha esculpido ao centro.

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domingo, 11 de maio de 2014

Aniversário de Buddha



A presidente Dilma Rousseff sancionou a lei 12.623 que introduz no calendário oficial brasileiro o Dia do Aniversário do Buda Shakyamuni. No Japão a data é comemorada no dia 8 de abril, mas no Brasil será no segundo domingo de maio, juntamente com o Dia das Mães.

O artigo 3º da lei diz: "O Poder Executivo poderá, nos termos da lei, apoiar eventos ligados à comemoração da data ora criada, inclusive autorizando o uso de espaço público, visando à preservação da tradição religiosa e dos valores culturais."

A lei foi proposta pelo deputado federal budista William Woo (PPS-SP). Ele já tinha conseguido incluir a data no calendário oficial de São Paulo quando foi deputado estadual.

O Brasil tem cerca de 200 mil budistas, de acordo com o IBGE.

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Zen Joinville deseja a todos um Feliz Dia das Mães!


                                              Encontrando Um Ente Querido Perdido

"A mesma coisa acontece quando perdemos alguém que amamos. Quando as condições que os mantêm vivos não são mais suficientes, eles se retiram. Quando perdi a minha mãe, sofri muito. Quando se tem somente sete ou oito anos é difícil pensar que, um dia, iremos perder nossa mãe. Com o tempo, todos nós crescemos e perdemos as nossas mães. Se você souber praticar, quando esse dia chegar, você não sofrerá muito. Você perceberá rapidamente que ela estará sempre viva em você. 

No dia em que minha mãe morreu, escrevi no meu diário “Um grande infortúnio aconteceu na minha vida!”. Sofri por mais de um ano a sua morte. Mas uma noite, nas montanhas do Vietnã, eu estava dormindo no meu eremitério e sonhei com ela. Vi-me sentado ao seu lado e tendo uma conversa maravilhosa. Ela parecia jovem, linda, com seu cabelos soltos. Foi tão agradável esse momento que foi como se ela jamais tivesse morrido. Quando acordei, era umas duas horas da manhã e eu estava com uma forte sensação de que nunca havia perdido a minha mãe. A impressão de que ela ainda estava comigo era muito clara. 

Nesse dia eu compreendi que a idéia de perder a mãe era apenas uma idéia. E era óbvio nesse momento que ela sempre estaria presente em mim. Abri a porta e saí. Toda a colina estava banhada pela luz do luar. Era uma colina coberta por plantações de chá e minha cabana estava atrás do templo, a meio caminho entre o topo e a base. Ao caminhar lentamente sob o luar e por entre as fileiras de chá, percebi que minha mãe estava ali comigo. Era ela a luz do luar me acariciando, como tantas vezes tinha feito antes, doce e gentil...Foi maravilhoso! 

A cada vez que os meus pés tocavam a terra, eu sabia que ela estava ali, comigo. Compreendi que esse corpo não era somente meu, mas uma continuação viva não só da mãe, mas do meu pai, dos meus avós e bisavós. De todos os meus ancestrais. Estes pés, que antes eu via como “meus”, eram, na verdade, “nossos”. Juntos, eu e minha mãe estávamos deixando pegadas no chão molhado. Daquele momento em diante, a minha idéia de que eu havia perdido a minha mãe, desapareceu. Tudo o que tenho que fazer é olhar a palma da minha mão, sentir a brisa na face ou a terra sob meus pés para me lembrar que ela estará sempre aqui, comigo, disponível a qualquer momento. 

Quando você perde um ente querido, você sofre, mas se observar profundamente, terá a chance de perceber que a natureza dessa pessoa não é nem nascer e nem morrer. O que existe é apenas a manifestação e a cessação da manifestação a qual prepara uma nova manifestação. Você precisa estar muito atento para reconhecer a continuação de alguém. Mas com prática e um pouco de esforço, você conseguirá. Assim, tomando a mão de alguém que conhece a prática, faça uma meditação caminhando juntos. Preste atenção às folhas, flores e pássaros e às gotas de orvalho. Se você parar e observar, será capaz de reconhecer a pessoa amada muitas vezes e de diferentes formas. E assim, você sentirá a alegria de viver."

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Texto de Thich Nhat Hanh (Mestre zen budista da escola Thien do Vietnam) postado por Monge Gensho em seu blog "O Pico da Montanha" no dia 11 de maio de 2010.

sábado, 10 de maio de 2014

O jovem monge

Antônio Luiz Gulart - Ryushô

Antônio Luiz Gulart tem 22 anos, nasceu em Itapetininga e é aluno do terceiro ano de Arquitetura do SENAC em São Paulo. Contudo, no templo budista no bairro da Liberdade, ele é monge ordenado, atende pelo nome de Ryushô e atua em todas as atividades do local.

O jovem vem de família nipônica por parte de mãe. “O budismo sempre esteve presente na minha vida, assim como o catolicismo na vida de outras pessoas”, comenta. Havia frequentes cerimônias budistas na casa de familiares do rapaz. Foi num desses encontros que um monge budista convidou Antônio para visitar o templo no bairro da Liberdade.

O rapaz já morava em São Paulo por motivos de estudo e decidiu ir até o local. “Comecei a frequentar o templo regularmente, conheci os monges, quando vi já estava costurando meu rakusu”. Antônio se tornou aluno de Saikawa Roshi, Superior Geral da Escola Soto Zen para a América do Sul. Quando o mestre pede para o aluno costurar o rakusu (o manto de Buddha, é costurado de retalhos de tecido pelo aluno) significa que ele deu um passo no caminho do dharma. Nesta cerimônia de ordenação leiga, chamada “Jukai”, o aluno recebe os preceitos do budismo e um nome búdico. Foi o que aconteceu com Antônio que passou a ser chamado dentro do templo de Ryushô.

Depois de algum tempo, Saikawa Roshi disse a Ryushô, “Dentro de uma semana você será ordenado monge”. Os pais do jovem ficaram surpresos com a notícia e perguntaram se ele queria trilhar este caminho, devido a grande disciplina requerida no treinamento monástico. O rapaz estava decidido e iniciou a preparação para a ordenação, que ocorreu somente duas semanas depois da declaração do mestre, pois as roupas de monge demoraram a ficar prontas.

No mês passado, Ryushô avançou no treinamento monástico quando realizou a “Batalha do Dharma” no templo budista em Weiterswiller, na França. Todo monge passa por esta cerimônia, na qual o mestre avalia o conhecimento do aluno e seu entendimento sobre o dharma. Muitas perguntas são feitas, primeiramente pelos monges e posteriormente pelas pessoas presentes. “Minha preparação para este momento importante consistiu em muitas horas de zazen e conversas com meu mestre”, comenta Ryushô.

Saikawa Roshi (à esquerda) e Ryushô ( à direita), durante a Batalha do Dharma.
Ryushô durante a Batalha do Dharma.


“Monge, significa uma pessoa que não tem lar e eu irei aonde meu mestre mandar”, declara Ryushô. O jovem monge faz planos de continuar seu treinamento no Japão assim que terminar seus estudos de arquitetura no Brasil.


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sexta-feira, 9 de maio de 2014

O Som do Silêncio


Certa vez um budista foi às montanhas procurar um grande mestre, que segundo acreditava poderia lhe dizer a palavra definitiva sobre o sentido da sabedoria. Após muitos dias de dura caminhada, encontrou o mestre em um belo templo à beira de um lindo vale. 
"Mestre, vim até aqui para lhe pedir uma palavra sobre o sentido do Dharma. Por favor, faça-me atravessar os portões do zen."
"Diga-me", replicou o sábio, "vindo para cá, vós passastes pelo vale?"
"Sim". 
"Por acaso, ouvistes o seu som?"
Um tanto incerto o homem disse:
"Bem, ouvi o som do vento como um suave canto penetrando todo o vale". 
O sábio respondeu:
"O local onde vós ouvistes o som do vale é onde começa o caminho que leva aos portões do zen. E este som é toda palavra que vós precisais ouvir sobre a verdade."

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quinta-feira, 8 de maio de 2014


Sesshin de Outono – Florianópolis 2014

Participantes do sesshin. Foto by Bruno Barazzutti. 

No feriado do dia 1° de maio a Comunidade Daissen Ji organizou um sesshin de outono. Nosso orientador, Monge Genshô esteve presente, assim como outros monges, lideres de sangha, alunos e praticantes.

O que é um Sesshin?

Um Sesshin (retiro) é uma oportunidade de clarificar e aprofundar o que é realmente essencial para cada um de nós. Num retiro zen budista, tentamos criar as condições exteriores e interiores que nos permitem afastar a agitação e dispersão de nossa mente. O ambiente envolvente, com práticas de zazen (meditação), orioky (refeições formais), voto de silêncio, palestras e caminhadas meditativas.

Um sesshin oferece a oportunidade de vivenciar a vida de uma forma mais leve e receptiva. Ao estarmos mais atentos e conscientes de tudo, das nossas relações e interdependência com os outros, refinamos a habilidade de vivermos no "aqui e agora".


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Local de meditação. Foto by Jaison Rezine.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Aconteceu no mês passado, dos dias 15 a 20 de abril na cidade de Buenos Aires, o I Encontro Zen Latino-americano. 

O evento contou com varias atividades relacionadas à prática do zen budismo e à cultura japonesa - feira do livro, eventos artísticos, sesshin, oficinas e mesas redondas. 

Nosso orientador, Monge Genshô, e seu aluno, Monge Tokushi, estiveram presentes no encontro representando as sanghas Daissen Ji.

Abaixo, vídeo de divulgação do encontro. 



segunda-feira, 5 de maio de 2014

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Dica Cultural para quem estiver em Florianópolis no próximo sábado. /\